O que é catarata: sintomas, tratamento, cirurgia e diagnóstico
Você sente que, com o passar dos anos, sua visão tem ficado mais embaçada, como se você estivesse tentando enxergar por um “vidro embaçado”?
Se a resposta for sim, isso pode ser um sinal de catarata: uma doença ocular que deixa a lente natural do olho — o cristalino — opaco e ofuscado.
Neste artigo, você vai saber por que isso acontece, e o que pode ser feito para curar definitivamente esse problema. Acompanhe!
O que é a catarata?
A catarata é uma doença caracterizada pela opacificação do cristalino, lente natural dos olhos, deixando a visão embaçada e ofuscada. No início, ela pode passar despercebida e gerar leves distorções visuais. Mas se não for tratada, a visão pode piorar e levar à cegueira completa.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a catarata é a segunda maior causa de cegueira em todo o mundo, ficando atrás apenas do glaucoma. E, também, é uma das que mais atingem os idosos acima de 60 anos!
Quais são as causas da catarata?
A causa mais comum da catarata é o avanço da idade, na qual ocorre um envelhecimento natural do cristalino. Esse tipo de catarata é denominado catarata senil, e corresponde a cerca de 85% de todos os casos da doença.
É possível também que ela seja congênita (presente no nascimento), ou adquirida a partir do uso de determinados medicamentos (como os corticoides, por exemplo) ou por meio de outras doenças e problemas de saúde, entre eles alterações metabólicas causadas pela diabetes, a uveíte e traumas oculares adquiridos.
Além desses fatores, existem outras causas como:
- Exposição a radiação (que forma a catarata radiação);
- Lesão ocular;
- Doenças nos olhos, como o descolamento da retina;
- Diabetes, quando descontrolada ou não tratada;
- Histórico familiar.
Diferentes tipos de catarata
Assim como outras doenças, a catarata também é definida por tipos. Conheça-os agora!
Catarata cortical
É um tipo que aparece na forma de ‘cunha’ em volta das extremidades do núcleo ocular.
Catarata nuclear
É um tipo que se forma no centro da lente e torna o olho opaco e turvo. Nesse tipo de catarata é comum a coloração amarela ou castanha nos olhos.
Catarata subcapsular posterior
Forma-se mais rápido que os dois tipos anteriores e afeta a parte de trás da lente, muito relacionada a pacientes que usam corticoide.
Catarata congênita
Os tipos acima citados são os mais comuns e acontecem em pessoas idosas, já a catarata congênita está presente no nascimento ou se forma no primeiro ano de vida da criança. É um tipo mais raro que os outros, atingindo um a cada cinco mil nascimentos e nem sempre apresenta sintomas.
Catarata traumática
É desenvolvida após uma lesão no olho e pode levar anos até o surgimento.
Catarata secundária
É um tipo causado por uso de alguns medicamentos ou por problemas de saúde. As doenças que causam a catarata secundária podem incluir o glaucoma e a diabetes.
Quais os fatores de risco?
De modo geral, não é possível evitar o aparecimento da catarata. O simples envelhecimento natural do cristalino já é um fator de risco para a doença.
Entretanto, existem fatores de risco que podem favorecer o aparecimento da catarata. Conheça os principais fatores:
- Histórico familiar da doença
- Alto grau de miopia
- Uso de determinados medicamentos (como os corticoides, por exemplo)
- Diabetes
- Desnutrição
- Tabagismo
- Obesidade
- Alcoolismo
- Pressão alta
- Infecção adquirida durante a gravidez (como a toxoplasmose e a rubéola)
- Hipertireoidismo;
- Doenças renais
- Traumas oculares
- Exposição a radiações (como a UV e o Raio-X);
- Uveíte
- Glaucoma
- Doenças Reumatológicas
Quais os sintomas da catarata?
Como dito anteriormente, o principal sintoma da catarata é a visão nublada, como se a pessoa estivesse enxergando através de um vidro embaçado. Além dele, o paciente pode lidar com uma visão duplicada ou com excesso de brilho (sensação de estar em contato direto com o sol ou lâmpadas).
Como consequência, sintomas secundários podem surgir, como dificuldade em realizar tarefas simples do dia: ler, dirigir, assistir TV, enxergar as pessoas na rua, caminhar pela casa sem que sofra quedas ou esbarre em objetos próximos, entre outras situações.
No estágio inicial da doença, quando ela ainda não prejudicou tanto a visão, é muito comum que a pessoa acredite que a perda gradativa da sua visão seja algo normal, e que não há nada que possa ser feito para contornar esse “problema da idade”.
Mas, na verdade, a catarata TEM CURA, e quanto antes for diagnosticada e tratada, melhor será a eficácia do tratamento.
Continue lendo o artigo para saber como funciona o tratamento.
Tratamento da catarata
O tratamento da catarata consiste em cirurgia para remover o cristalino que foi danificado pela doença.
Este é o único método eficaz para curar a catarata — o uso de óculos de grau e até de alguns medicamentos, não possuem efetividade comprovada, ainda que seja prescrita por alguns oftalmologistas.
Cirurgia de catarata: como é feita?
A cirurgia de catarata funciona da seguinte forma: por meio da técnica conhecida como facoemulsificação, o cirurgião irá fazer pequenas incisões no cristalino para que ele seja quebrado em micro pedaços.
Essas incisões são em torno de 2 a 3 mm, e o paciente estará anestesiado durante todo o processo. Em alguns casos, é possível também sedá-lo para que ele permaneça desacordado durante a cirurgia.
Após a quebra do cristalino, um aparelho ultrassônico (facoemulsificador) irá aspirar os pedaços da estrutura. Esse procedimento não causará dores ou desconforto, e servirá para remover por completo a catarata do paciente.
Em seguida, uma lente intraocular permanente é implantada, a ser escolhida pelo médico oftalmologista de acordo com uma análise ocular clínica do paciente. Atualmente, com modernas lentes intra-oculares, é possível tratara catarata e tratar o grau do óculos, eliminando a dependência dos óculos após a cirurgia da catarata
Todo o procedimento cirúrgico é rápido: leva em torno de 15 a 20 minutos, variando de paciente para paciente.
É um procedimento rápido, seguro e sem dor, que traz benefícios de voltar a enxergar com nitidez, realizar as atividades do dia-a-dia com maior independência, proporcionando qualidade de vida para os pacientes!